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M50 - Conferências

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Portugal 2031: desafios societais emergentes e qualidade da democracia

Em 2011 o Governo de Portugal solicita apoio financeiro externo ao Fundo Monetário Internacional, ao Banco Central Europeu e à Comissão Europeia, vulgo a troika. Espelhando, em parte, os impactos de tal solicitação, uma década mais tarde, em 2021, os Censos lançados pelo Instituto Nacional de Estatística revelam um Portugal em evolução dinâmica. Questões como: quem somos, quantos somos, onde e como vivemos prefiguram um conjunto de tendências de mudança que se irão, provavelmente, acentuar na próxima década.

Há, contudo, dimensões de mudança societal que são mais complexas quer de diagnosticar, quer de antever potenciais cenários da sua evolução.

Portugal 2031 é um módulo lectivo que se centra na exploração deste exercício prospectivo. Visa-se, numa lógica sistémica, debater temas que entendemos como estratégicos na próxima década, estruturados em dois eixos principais.

Ao nível da qualidade da democracia, pretende-se abordar: a intensificação da polarização partidária e o seu impacto na convivência democrática; ao impacto das novas tecnologias de informação e comunicação na relação política e opinião pública; ao crescendo do populismo e o ataque à “normalidade” democrática; e à regulação da ética na política.

Ao nível dos desafios societais emergentes, importa reflectir sobre identidades e a re-interpretação do Portugal pós-colonial; à imigração e democracia multicultural; ao pós-pandemia e seus impactos sócio-económicos; à transição justa e inclusiva para a sustentabilidade ambiental: ao declínio demográfico e crescendo das desigualdades sociais.

Este exercício de leitura cronológica longitudinal com vista a um debate crítico sobre a próxima década é o desafio que este módulo coloca aos seus participantes. ​

Organização: Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

Programa


Saúde Oral e Sociedade

Este ciclo de conferências propõe-se abordar as temáticas relacionadas com a saúde oral, nomeadamente as doenças da cavidade oral e das estruturas anexas, assim como a prevenção das mesmas a nível individual e junto da comunidade. Nas oito sessões que nos propomos organizar serão discutidas as consequências da perda dos dentes e os tratamentos reabilitadores mais comumente praticados. As novas tecnologias e os novos materiais de regeneração de tecidos, atualmente ao dispor, serão igualmente apresentados.

Organização: Faculdade de Medicina Dentária da ULisboa
Coordenação: Luís Pires Lopes

Programa


Cidade e Cidadania

O e-Fórum ICS-ULisboa “Cidade e Cidadania” tem como objetivo sensibilizar e formar os cidadãos sobre a organização e práticas democráticas a nível local. O curso contará com o contributo de académicos, peritos e autoridades com competências e experiência no domínio do poder local.

Organização: ICS - ULisboa
Coordenação: Luís de Sousa

Programa


Saúde Psicológica ao Longo da Vida (Curso livre)

O curso adota uma perspetiva de ciclo de vida e aborda conhecimentos e competências de autorregulação psicológica e de relacionamento interpessoal que contribuem para a Saúde Psicológica das crianças, jovens e adultos.

Organização: Faculdade de Psicologia

Programa


A arte médica no século XXI: surpreendente? (ciclo de conferências)

A prática médica no início do século XXI caracteriza-se por grande complexidade, vastos campos de intervenção clínica, complexidade de contextos éticos, custos muito elevados e dificuldade de compreensão por parte dos cidadãos de toda esta realidade.

O ciclo de conferências da responsabilidade da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa intitulada “A arte médica no século XXI: surpreendente?” Destina-se a fornecer informação – através de exposições e interações pedagógicas – sobre alguns dos campos do conhecimento médico mais relevantes: a base científica da medicina, a genética, o sofrimento moral, a nutrição, a disfunção cerebral ligada à idade, a bioética e o conceito de “medicina a mais”.

Programa


e-Fórum Ética e Integridade em Democracia

Numa sociedade politicamente organizada, as decisões são, na sua maioria, de natureza compulsiva e, por conseguinte, requerem a observância de um conjunto de princípios fundamentais ao exercício dessa autoridade e que são a essência da relação contratual de confiança depositada pelo cidadão em quem o representa/governa.

Não obstante detenhamos pontos de vista diferentes sobre os princípios éticos que devem orientar o desempenho da democracia, a ética assume uma relevância acrescida em relação à sua legitimação. Estes valores, implícitos nas regras, procedimentos e instituições que definem a democracia, não são sempre exequíveis e compatíveis, nem o nível de apropriação destes é uniforme no espaço e no tempo. Não se trata de axiomas pré-definidos, mas de exigências de cidadania resultantes de grandes lutas civilizacionais que foram sendo travadas ao longo dos séculos e cujo legado foi transmitido de geração em geração, com maior ou menor sucesso. A contínua exposição mediática de falhas de integridade envolvendo líderes políticos e altas figuras do mundo dos negócios a que temos vindo a assistir nos últimos anos tem um efeito negativo na legitimação do poder político, enfraquecendo a responsabilidade e confiança públicas, e permitindo que certos membros da sociedade tenham um acesso privilegiado e, por vezes, obscuro aos bens públicos e decisões.

Se é verdade que democracia real é substancialmente menos do que a democracia ideal que cada um preconiza, algumas conseguem reunir maior apoio e gozam de elevados níveis de satisfação da parte dos seus cidadãos. O que é que explica essa variação? Que medidas profiláticas e paliativas têm sido implementadas e com que resultados? Como assegurar um compromisso ético duradouro? Estas e outras questões serão abordadas neste ciclo de debates dedicados ao tema da ética e integridade em democracia.

Programa


O Medicamento e a Sociedade

O ciclo de conferências propõe uma abordagem holística a diferentes temas com relevância para a sociedade, tendo como fio condutor o medicamento. As sessões que o integram visam estimular e desenvolver a reflexão e o espírito crítico dos formandos através da discussão e do debate de ideias. As conferências terão como ponto de partida o ciclo do medicamento, nas suas diferentes etapas e especificidades, com especial destaque para o impacto direto nos ganhos em saúde ao nível coletivo e individual. Serão abordados, de uma forma integrada, diferentes temáticas relacionadas com o medicamento, como a inovação, o desenvolvimento que tem conhecido e a sua utilização racional. Serão discutidas questões relacionadas com a segurança do uso do medicamento e da exposição a diversos contaminantes tóxicos ao longo da vida, mencionando fatores de risco relevantes para patologias crónicas. Adicionalmente serão abordados assuntos atuais como a resistência aos antibióticos e as infeções emergentes, a utilização de suplementos alimentares e de medicamentos à base de plantas, bem como de produtos de dermofarmácia. Por fim, serão discutidos alguns aspetos pertinentes sobre as novas tecnologias de saúde, as terapias avançadas e os desafios que as novas terapêuticas colocam aos profissionais de saúde e aos doentes.

Organização: Faculdade de Farmácia da ULisboa 

Programa


Fórum Europa 2019 - O Futuro da União Europeia

À incerteza que paira em relação ao futuro da união económica e ao papel do Euro nesse processo, somam-se os desafios à coesão e modelo social Europeu que se arrastam há mais de duas décadas e foram objeto central de duas estratégias de crescimento (Lisboa I e II). Como alcançar crescimento económico e emprego de forma sustentável, mantendo simultaneamente elevados níveis de coesão e proteção social? Nos últimos tempos, tem-se falado bastante de “economia do conhecimento”, “flexisegurança” e “ativação” no mercado de trabalho, através da implementação de programas que visam uma melhor conciliação de trabalho e vida familiar; investimento na educação, na formação de capital humano e no desenvolvimento de competências ao longo da vida; medidas proativas de combate ao desemprego, particularmente, desemprego de longa duração e de jovens qualificados; criação de uma economia assente no conhecimento. Até que ponto estas reformas têm sido bem sucedidas e em que medida são as mais apropriadas para assegurar uma construção sustentável de um modelo social europeu?

Para além dos desafios de natureza económica que a globalização veio colocar, a União Europeia está também a atravessar uma das maiores emergências humanitárias desde a sua fundação. À diferença de outras crises humanitárias em que a União Europeia interveio na qualidade de doador, esta tem incidência no seu próprio território e resulta de uma série de conflitos que estão a ter lugar à sua porta. A crise dos refugiados levanta várias questões relativamente à capacidade de resposta da União Europeia e dos Estados Membros face a riscos globais.

A conjunção destas duas crises, económica e social, despertou uma crise de valores com significância política. A instabilidade na zona euro agravou a intolerância social face aos fluxos de imigrantes e refugiados, sobretudo nos países que atravessam maiores dificuldades, o que por sua vez criou um contexto propício ao ressurgimento de movimentos de extrema direita. O discurso oficial securitário e de sustentabilidade do modelo social europeu, que justifica as medidas de contenção e controlo destes fluxos migratórios, é facilmente associado, na retórica populista, a sentimentos anti-imigração. O crescente euroceticismo e o sucesso dos populistas nas eleições e formações de governo nacionais, é um sintoma da perceção generalizada de perda de autonomia, da parte dos governos nacionais e da União Europeia, para lidar com os desafios da globalização, quer ao nível socio-económico, quer ao nível cultural/identitário. Por este motivo, a migração continua a ser um dos principais desafios à estabilidade, coesão e futuro da UE.

As instituições europeias não estão na sua melhor forma e o seu valor adicional tem diminuído, pelo menos em termos de perceções. A crescente insatisfação dos cidadãos em relação ao desempenho dos governos e da democracia a nível nacional, não tem sido compensada por um maior apego à Europa. Bem pelo contrário. A impopularidade da UE, sente-se cada vez mais, não só entre vários governos nacionais, como também entre os seus eleitores. Na última década não têm faltado apelos à refundação do projeto europeu por um conjunto mais restrito de países e em soluções de geometria variável. Uma união multinível e a várias velocidades já existe, mas não parece ter acrescido à sua eficácia.

O ambiente geopolítico tem-se deteriorado, o que levanta também sérios desafios à capacidade da UE contribuir para a governança da globalização económica e política. As relações transatlânticas já viram melhores dias. O Presidente dos Estados Unidos, tem-se mostrado hostil, quer aos acordos multilaterais de comércio livre, quer em relação ao compromisso norte-americano de defesa e segurança da Europa no quadro da NATO.