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Encontrada na ilha da Madeira árvore extinta da família do chá

Encontrada na ilha da Madeira árvore extinta da família do chá

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Estudo de fósseis realizado por Carlos A. Góis-Marques, Ria L. Mitchell, Lea de Nascimento, José María Fernández-Palacios, José Madeira e Miguel Menezes de Sequeira revela a extinção de uma árvore da família do chá que se encontrava presente há 1,3 milhões de anos na ilha da Madeira.

As datações radiométricas, publicadas no estudo, indicam que esta árvore estaria ainda presente na ilha da Madeira há 1.3 milhões de anos, embora já em situação de refúgio, juntamente com várias plantas que hoje em dia constituem a floresta Laurissilva.

Desconhecem-se as causas da sua extinção na ilha da Madeira, podendo o seu desaparecimento estar ligado a alterações climáticas passadas, não podendo, contudo, descartar-se a possibilidade de ter sobrevivido até ao povoamento da ilha da Madeira, tendo sido extinta por ação do Homem.

O estudo foi publicado na Science Direct a 19 de janeiro e será um dos destaques do volume de 15 de fevereiro do jornal científico “Quaternary Science Reviews”.

A planta identificada - Eurya stigmosa - pertence a uma espécie extinta da família do chá (Theaceae). Esta árvore no passado teria uma distribuição mais ampla, sendo comum na Europa até há 2.5 milhões de anos. Atualmente podem encontrar-se plantas aparentadas na América Central e do Sul, Ásia Ocidental e nas ilhas do Pacífico.

Esta publicação resulta dos trabalhos de investigação de Carlos A. Góis-Marques, realizados no laboratório do Grupo de Botânica da Madeira da Faculdade de Ciências da Vida da Universidade da Madeira. Carlos Góis-Marques é aluno de doutoramento em Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do Instituto Dom Luiz.

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