A cerimónia de entrega do prémio Vencer o Adamastor ao investigador Gonçalo Correia decorreu no dia 1 de fevereiro, no Salão Nobre do Instituto Superior Técnico.
Nesta primeira edição, a iniciativa do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC [1]) e do Jornal Público reconheceu [2] Gonçalo Correia, professor convidado no Técnico e investigador no Instituto de Telecomunicações (IT) [3], pelo seu trabalho de investigação, na área da Inteligência Artificial (IA).
“A ciência faz-se e só pode fazer-se, vencendo todos os dias adamastores […] não há melhor metáfora do que fazem os investigadores, os cientistas, os centros de investigação, as universidades”, afirmou o anfitrião da cerimónia, professor Rogério Colaço, na abertura da sessão.
O trabalho distinguido (“Modelos neuronais mais transparentes e compactos usando a esparsidade”) teve por objetivo “tornar os modelos neuronais mais transparentes, mais compactos e mais eficientes”, explicou o premiado. Gonçalo Correia integrou uma “equipa de investigação criada no âmbito de uma bolsa do Conselho Europeu de Investigação (ERC), ganha em 2017 [4], liderada pelo Professor André Martins [5] (vencedor de uma segunda [6] ERC de consolidação, já em 2023), seu orientador de doutoramento, lembrou o Presidente do INESC, professor Arlindo Oliveira.
Ainda sobre a investigação desenvolvida, o também Alumnus do Técnico espera “ter contribuído para uma IA mais responsável, cuja pegada ecológica seja menor e com maior transparência”. E acrescentou que pretendeu “dar passos” na direção de “redes neuronais mais perto de uma versão 2.0: mais eficiente, mais transparente, mais compacta”.
Neste “encontro motivador para o futuro”, coube ao Presidente da República, professor Marcelo Rebelo de Sousa, a entrega do prémio. Sobre o trabalho distinguido, o também antigo “professor convidado” do Técnico assinalou a urgência de “dar respostas concretas ao desafio da sustentabilidade […] transversal a todas as áreas”, num elogio à “consciência ecológica” do premiado.
Gonçalo Correia concluiu, em 2022, o doutoramento em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, com a tese «Learnable Sparsity and Weak Supervision for Data-Efficient, Transparent, and Compact Neural Models [7]».
Ligações
[1] https://inesc.pt/pt/
[2] https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/campus-e-comunidade/alumnus-do-tecnico-ganha-1a-edicao-do-premio-vencer-o-adamastor/
[3] https://www.it.pt/
[4] https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/mais-uma-bolsa-do-conselho-europeu-de-investigacao-para-um-investigador-do-tecnico/
[5] https://andre-martins.github.io/
[6] https://tecnico.ulisboa.pt/pt/noticias/investigacao-de-andre-martins-na-area-da-inteligencia-artificial-traz-nova-bolsa-erc-para-o-tecnico/
[7] https://scholar.tecnico.ulisboa.pt/records/8Sql79QkhmrJAcj87C5gu-Q2YFqk3117nuPb