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Investigação coordenada pela FC descobre potencial terapia para a fibrose quística

Investigação coordenada pela FC descobre potencial terapia para a fibrose quística

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Uma equipa de investigadores internacionais, coordenada pela cientista Margarida Amaral, da Faculdade de Ciências (FC), da Universidade de Lisboa (ULisboa), identifica possível alvo terapêutico para a fibrose quística, uma condição que afeta 30 mil pacientes na União Europeia. Os resultados do estudo podem levar ao desenvolvimento de medicamentos para a fibrose quística e possivelmente para a doença pulmonar crónica.

O estudo foi desenvolvido no âmbito do projeto europeu TargetSecreen2, e para Margarida Amaral estes resultados podem vir a ser fundamentais para descobrir «compostos químicos que inibam de forma mais potente e seletiva este novo alvo terapêutico agora descoberto (a DGK-iota) e que possam vir a ser medicamentos para fibrose quística».

As pessoas com fibrose quística têm mutações no gene que comanda o fabrico da proteína CFTR. Em condições normais, a CFTR está nas membranas das células dos pulmões, pâncreas e fígado. Funciona como um canal que transporta iões de cloro. Nos pulmões, faz com que a água saia das células e hidrata o muco.

A equipa descobriu quais os sinais da proteína defeituosa que são identificados pela célula e que a levam a degradar a proteína. O trabalho passou por compreender o defeito básico que a mutação F508del cria, tentar corrigir esse defeito e investigar a ligação com outras proteínas que se relacionam com a CFTR e podem ser relevantes para uma abordagem terapêutica.

Durante o projeto que a equipa levou a cabo, a partir de certa altura, com a Sygnature Discovery, uma empresa do Reino Unido que desenvolve fármacos, foram testadas em computador 13 milhões de pequenas moléculas, existentes em várias bases de dados farmacêuticas, para ver se tinham capacidade de corrigir a forma da proteína CFTR mutada. Encontraram-se quatro moléculas com potencial terapêutico, que vão continuar a ser testadas em células humanas, caso haja financiamento.

Outra potencial terapia envolve a inibição de outra proteína. Através de análise de 7000 genes humanos, a equipa descobriu esta proteína, que poderá evitar os efeitos da fibrose quística. Ela regula o funcionamento de um canal de iões nas membranas, o ENaC. Quando a CFTR não funciona, este canal também fica muito ativado, o que impede a hidratação do muco. Se a proteína descoberta for inibida, ela pode regular a actividade do ENaC.

O financiamento europeu vai permitir à Sygnature Discovery fazer um modelo virtual da nova proteína, e depois testar virtualmente o efeito inibidor de uma série de moléculas sobre ela. A partir daqui deverão ser testados 200 a 300 compostos até ser encontrado o melhor - o mais específico e que atue em menores concentrações. Só depois se passa para células humanas de doentes de fibrose quística. Se tudo correr bem, poderá testar-se depois a substância química em doentes. Na melhor das hipóteses, um fármaco no mercado, só daqui a 10 ou 15 anos. Mas uma terapia dessas poderá tratar doentes com todas as mutações na CFTR, já que contornaria estes defeitos e iria diminuir a gravidade dos sintomas.

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