A Medalha de Mérito Cultural é atribuída pelo Governo Português em reconhecimento do amplo contributo para o Património Cultural. De acordo com o comunicado oficial do Governo da República Portuguesa, João Zilhão, “uma das mais incontornáveis figuras no domínio da arqueologia, em termos académicos e institucionais, distingue-se pelo seu vastíssimo e profícuo trajeto de enorme rigor, perseverança e discrição, assumindo um especial destaque os trabalhos arqueológicos que liderou no Vale do Lapedo, onde foi encontrada a “Criança do Lapedo”, descoberta de extrema importância, com forte impacto científico em termos nacionais e internacionais”. O Professor e Investigador, cujos últimos 20 anos de investigação têm sido focados principalmente na evolução do Paleolítico na Europa, é ainda reconhecido pelos “contributos da mais elevada relevância na área da arqueologia pré-histórica e do estudo da evolução humana”.

Por sua vez, o Professor Emérito e Investigador Vítor Serrão, uma “personalidade académica de referência, em particular nos estudos da pintura portuguesa dos séculos XVI, XVII e XVIII, com relevantíssimos contributos no campo teórico, conceptual e metodológico”, “afirmou-se como uma das mais incontornáveis figuras nacionais nestes domínios”, traduzindo-se as suas “cerca de cinco décadas de carreira dedicada à investigação e à docência (…) numa vastíssima obra da mais elevada importância, nomeadamente na área da História da Arte da Idade Moderna, da Teoria da Arte e da Imagem, do Património Cultural”.

Na mesma cerimónia, onde estiveram presentes o Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, e a Secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, foram igualmente distinguidos Emílio Rui Vilar, Francisco Alves, José Meco, Simonetta Luz Afonso e o Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga.

Fonte: Faculdade de Letras da ULisboa