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Assinalam-se os 50 anos sobre o assassinato do estudante Ribeiro Santos pela PIDE

Assinalam-se os 50 anos sobre o assassinato do estudante Ribeiro Santos pela PIDE

Assinalam-se os 50 anos sobre o assassinato do estudante Ribeiro Santos pela PIDE

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No dia 12 de outubro assinalam-se 50 anos do assassinato de José Ribeiro Santos, estudante da Faculdade de Direito, pela PIDE.

José António Leitão Ribeiro Santos, nascido em 1946, era aluno do Liceu Pedro Nunes, em Lisboa, quando se iniciou nas lides do movimento associativo estudantil. Ao entrar para a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa em 1965, em plena crise académica, continua a participar de forma muito ativa no movimento de contestação estudantil. Data de 1967 o primeiro boletim de informação de Ribeiro Santos na PIDE. Na sequência das grandes cheias de Lisboa, Ribeiro Santos é identificado pela sua participação no movimento estudantil de apoio às vítimas.

José Ribeiro Santos era membro do grupo “Ousar lutar, ousar vencer”, da Faculdade de Direito de Lisboa, tendo sido escolhido como vice-presidente das relações internas da Associação de Estudantes no ano letivo de 1970-1971 e, no ano seguinte, como delegado de curso, o primeiro eleito por unanimidade na faculdade.

A 12 de outubro de 1972, no decorrer de um encontro de estudantes contra a repressão e pela liberdade de expressão, alguns estudantes dão conta da presença de um desconhecido, cujas respostas incoerentes e ausência de identificação levam à suspeita de se tratar de um informador da PIDE. Os estudantes decidem levá-lo ao gabinete do diretor da Faculdade para ser identificado e concordam que sejam chamados elementos da PIDE-DGS para identificação do desconhecido. Ao chegarem, estes agentes dizem não reconhecer o colega, que insistem em levar ainda assim. Essa atuação gera desconfiança e indignação. Instala-se a confusão e um grupo avança sobre os agentes da PIDE presentes.

Um dos agentes da PIDE, António Gomes da Rocha, empunha a pistola e dispara contra os estudantes, atingindo José Ribeiro Santos nas costas. José Lamego, estudante que tenta manietá-lo e controlar a arma, é também atingido numa perna. José Ribeiro Santos é imediatamente levado ao Hospital de Santa Maria por colegas estudantes de Medicina, mas acaba por morrer ainda na sala de observações. Nessa mesma noite, 300 estudantes reunidos no Instituto Superior Técnico aprovam a paralisação da universidade e a ida em massa ao funeral que se transforma numa manifestação generalizada de revolta.

O momento marca todo o movimento estudantil até ao 25 de Abril de 1974, permanecendo Ribeiro Santos como ícone do movimento, cuja morte aos 26 anos se tornou bandeira da luta contra a ditadura.

Conheça aqui toda a história de José Ribeiro Santos, assinalada no âmbito das comemorações “50 Anos 25 de Abril

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